Diversos países, como Argentina, México e Brasil, iniciaram o processo de industrialização efetiva a partir da segunda metade do século XX. No Brasil, o processo de industrialização iniciou após à Crise de 1929, que gerou o declínio da produção cafeeira em São Paulo e Minas Gerais. No entanto, o vasto capital adquirido pela produção de café fez da Região Sudeste um grande investidor em fábricas, consolidando-se como o maior parque industrial do Brasil. Por conta disso, as demais regiões (sobretudo o Sul) receberam polos industriais após o Sudeste. O processo de industrialização brasileiro é considerado tardio, em relação à países como EUA e Reino Unido.
Ao longo do século XX, os governos e as classes mais elevadas fizeram maciços investimentos no setor, melhorando as redes de infraestrtura, obtendo maquinários e outras melhorias, recebendo assim indústrias de outros países.
Industrialização nas regiões brasileiras
Região Sudeste
O Estado de São Paulo é o mais industrializado do Brasil. Na década de 1950, recebeu várias montadoras automobilísticas no chamado ABCD paulista (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema),
que impulsionou de forma ainda maior a industrialização paulista.
Campinas, a cerca de 100 km da Capital Paulista teve, com a ajuda da No entorno da metrópole houve a formação de novos núcleos industriais, como é o caso de Campinas, com o auxílio da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que realizou
o desenvolvimento de tecnologias de ponta – equipamentos tecnológicos – aumentando o número de investidores na região.
Destacam-se ainda: São José dos Campos (indústrias químicas, farmacêuticas e aeronáuticas); e São Carlos (ótica, informática, instrumentação e mecânica de precisão). Minas Gerais e Espírito Santo, por conta da ocorrência de ferro, são grandes polos de siderurgia. Já o Porto de Tubarão, no Espírito Santo, é repsonsável para o escoamento da produção siderúrgica, atraindo diversos investidores. No Espírito Santo, a indústria de celulose e de alimentos são exemplos mais significativos.
Região Sul
As principais regiões industriais do Sul Brasileiro são:
Curitiba: (polos tecnológicos e de informática) e São José dos Pinhais (montadoras de automóveis); Vale do Itajaí, em SC: (metalúrgicas, indústria de alimentos, têxteis e agropecuária), conectado com os portos de Itajaí e Navegantes; engloba tambémpolos de produção têxtil e de confeçções (Blumenau e Brusque), além de outras áreas; Oeste Catarinense: agroindústrias de aves e suínos e o processamento industrial da carne por frigoríficos; Florianópolis (SC): Polo de tecnologia e eletrônica;
Vale dos Sinos (RS): Indústria de couros e calçados;
Serra Gaúcha: Indústria de vinhos em Bento Gonçalves e arredores; metalmecânica, química e de transporte de cargas em Caxias do Sul;
Grande Porto Alegre: diversidade de setores industriais (alimentos, metalurgia, petroquímica e outros, em cidades como Gravataí, Cachoeirinha e Canoas).
Regiões Nordeste e Norte
Consideradas por muitos anos regiões agrícolas, o Nordeste e o Norte passaram a receber investimentos industriais a partir do século XX. Merecem destaque: a Zona da Mata (entre o Rio Grande do Norte e a Bahia), com fábricas de calçados e telecomunicações; a Zona Franca de Manaus, que recebeu grandes incentivos fiscais para a implantação de fábricas de processamento de minérios e outras matérias primas, além da indústria eletroeletrônica. O Maranhão, localizado na transição das Regiões Nordeste e Norte, beneficiou-se pela logística, com a instalção de portos e ferrovias.
Centro-Oeste
Não é uma região com alto potencial industrial, mas é destaque em muitos setores agropecuários, que geram matéria prima para agroindústrias e exportações para outras regiões do Brasil.
PARTICIPAÇÃO NA INDÚSTRIA NACIONAL POR UF (2017) | ||
P | ESTADO | % DE PARTICIPAÇÃO NA INDÚSTRIA |
1 | São Paulo | 37,1 |
2 | Rio de Janeiro | 10 |
3 | Minas Gerais | 9,8 |
4 | Paraná | 7,1 |
5 | Rio Grande do Sul | 6,8 |
6 | Santa Catarina | 5,8 |
7 | Bahia | 3,5 |
8 | Goiás | 3,1 |
9 | Pernambuco | 2,1 |
10 | Ceará | 1,9 |
11 | Espírito Santo | 1,8 |
12 | Pará | 1,7 |
13 | Amazonas | 1,5 |
14 | Mato Grosso | 1,1 |
15 | Mato Grosso do Sul | 1,1 |
16 | Distrito Federal | 0,9 |
17 | Maranhão | 0,8 |
18 | Paraíba | 0,7 |
19 | Rio Grande do Norte | 0,7 |
20 | Sergipe | 0,6 |
21 | Alagoas | 0,5 |
22 | Rondônia | 0,4 |
23 | Piauí | 0,4 |
24 | Tocantins | 0,3 |
25 | Acre | 0,1 |
26 | Amapá | 0,1 |
27 | Roraima | 0,1 |
FONTE: portaldaindustria.com.br |
